Artistas de rua agitam a Avenida Paulista em SP

 Guilherme Willian

Com a liberação das apresentações dos artistas de rua na cidade de São Paulo, diversas pessoas têm se apresentado na Avenida Paulista divulgado seu trabalho musical, seja durante a semana ou principalmente aos finais de semana.


Próximo ao Conjunto Nacional um casal se apresenta, ela cantando e tocando violão e ele tocando um contrabaixo acústico. Ricardo diz que conheceu Katia (uma dinamarquesa) na França pela companhia circense ao qual pertencem. “A gente acabou de voltar de uma turnê, então decidimos fazer um projeto antes da apresentação do nosso novo espetáculo. Aqui no Brasil vamos fazer apresentações, trabalhar em residências artísticas, oficinas circenses, e em paralelo, temos um formato musical para a rua e um circo para a rua. A ideia de vir para São Paulo ocupar um pouco a rua daqui”, diz ele.

Ele explica que os dois estão se apresentando para começar a criar a cultura de publico. “Como artista, temos de invadir as ruas para criar um hábito no pedestre de pagar ou não pagar, de ter essa liberdade do público de ver o que quer. E quanto mais artista na rua, mais a arte de rua vai ter.”

Na esquina do metrô Trianon MASP, em São Paulo, um senhor que passa a tarde toda tocando blues. Hoje dono de um estúdio de gravação, Bino Tucci conta que há um ano e meio realiza esse trabalho, mas toca há cinquenta e dois anos. Ele tem 37 CDs gravados e 750 musicas gravadas, mas todas instrumentais.
 
Mesmo com toda essa trajetória musical, Bino conta porquê resolveu tocar na rua: “Na rua é diferente, porque você interage com as pessoas, é melhor do que tocar na televisão. Sempre trabalhei com música, eu nunca fui um cara ganancioso, porque acho  que o dinheiro você tem que ganhar e gastar, a gente acumula e depois morre. A própria musica te leva para diversas localidades”.

Estátua viva faz sucesso tocando rock

No Viaduto Santa Efigênia, no centro da cidade de São Paulo, chama atenção uma estátua viva que também toca guitarra. Toda vez que alguém deposita dinheiro na sua caixa ele começa a trocar a guitarra. Russo  conta que já faz isso há cinco anos e que sobrevive com o dinheiro ganho nas apresentações na rua.
 
Perguntado o que pretende fazer futuramente, ele responde: “Tenho o meu trabalho próprio, estou gravando um CD, agora se pode vender CD na rua, já que há três meses não se podia vender CD na rua”.
Sobre o conteúdo musical do CD, ele completa: “Terá uma mescla nacional, uns rocks e outras com influencias de Zé Ramalho e Oswaldo Montenegro”.

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